Sema integra força-tarefa para desenvolver ações e minimizar impactos da estiagem no Estado

O secretário de Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, esteve reunido nesta sexta-feira (24/04) com o Secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Covatti Filho, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo, além de representantes de entidades e de 35 municípios. Os participantes debateram a criação de um grupo de trabalho que vai conectar as políticas públicas com as necessidades emergenciais de cidades que sofrem com a estiagem, principalmente no que se refere ao abastecimento humano de água.
Por iniciativa da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o comitê de crise se chamará Água Urgente e funcionará como um facilitador a partir da integração entre governos federal e estadual, deputados da bancada gaúcha, senadores, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Corsan, Emater e Defesa Civil. A intenção é conseguir recursos para implementar ações específicas e pontuais, mediante planejamento estratégico.
Artur destacou as medidas que já vêm sendo tomadas pela Sema para acompanhar e monitorar a situação. “Nós já temos traçado um plano com ações a curto, médio e longo prazo. A curto prazo, falamos sobre o mapeamento e otimização de poços, barragens e açudes. Muitos poços já estão ativos nos municípios e podem ser utilizados de forma coletiva, como medida emergencial, beneficiando toda comunidade, outros já foram iniciados e não concluídos. Com o monitoramento, será possível reativá-los”, explica.
Segundo o secretário, a médio e longo prazos estão previstos o desassoreamento de rios e açudes com volume reduzido, a regularização dos poços, o ordenamento da outorga de água e a revitalização de bacias e novas barragens, entre outros. Além disso, no início do mês uma videoconferência coordenada pela Sema reuniu mais de 70 representantes de prefeituras, entidades e prestadores de serviço da área de abastecimento para tratar sobre a questão da estiagem.
De acordo com a superintendente estadual da Funasa, Karla Rech, o trabalho será intenso, porém possível a partir da coletividade. “Vamos trabalhar muito nestes primeiros dias para fazer um diagnóstico. Depois, vamos fazer um planejamento estratégico. Queremos um resultado rápido. A Funasa será o meio e todos os demais órgãos serão apoiadores e, por fim, o governo executará”, ressalta.
De acordo com Polo, 444 municípios já decretaram emergência no Rio Grande do Sul por causa da falta de chuva. “Precisamos de muita solidariedade neste momento. Podemos discordar, mas não dividir. Somar forças e estruturar os trabalhos são as chances para progredirmos”, menciona.
O presidente da Famurs, Eduardo Freire, afirma que a federação monitora esses municípios e que a principal preocupação é com o abastecimento de água para a população. “Estamos passando por problemas três problemas preocupantes: estiagem, pandemia e economia”, finaliza.
Outras reuniões entre os integrantes do grupo estão previstas para acontecer nas próximas semanas.
Texto: Bárbara Corrêa
Edição: Vanessa Trindade
Fonte: SEMA/RS