Conheça histórias de escolas que se mobilizaram para garantir água aos alunos

Conheça histórias de escolas que se mobilizaram para garantir água aos alunos

Severino Ferreira de Souza, o Seu Severino, cumpria uma rotina exaustiva: de segunda a sexta-feira, ele fazia jornadas de quase duas horas, carregando um balde que chegava a pesar 15 kg, para garantir o abastecimento de água na escola em que trabalha. A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental João Avelino da Silva está localizada no município de Mogeiro, no interior da Paraíba e, atualmente, é uma das beneficiadas por projetos de acesso à água potável de AMA. A marca, lançada em 2017 pela Cervejaria Ambev, tem 100% de seu lucro destinado a projetos de acesso à água potável.

“Histórias como a de Seu Severino eram comuns nas escolas que hoje são atendidas por AMA. Quando a água não chega, as instituições são obrigadas a fechar, porque não conseguem garantir uma estrutura mínima para dar apoio aos alunos. Foi para transformar realidades como essa que criamos AMA” afirma Richard Lee, head de sustentabilidade da Cervejaria Ambev. “A marca surgiu de um esforço coletivo dentro da Ambev, envolvendo as mais diversas áreas da companhia, que dedicaram seu tempo e expertise para dar mais um passo em direção a nosso grande sonho: unir as pessoas por um mundo melhor” continua o executivo.

Os projetos de AMA nas escolas possuem duas frentes: primeiro, são instaladas cisternas para armazenar a água, o que possibilita o abastecimento inclusive nos meses de seca. A partir daí, a marca financia também um sistema de reuso de águas cinzas – isto é, a água residual de processos como lavagem de louças e limpeza em geral. Depois de tratada, a água cinza é utilizada em uma horta, mantida por professores e alunos. Os legumes e hortaliças ali plantados são posteriormente usados para complementar a merenda dos estudantes.

“O acesso à água potável é fundamental para o funcionamento das escolas. Não é apenas para os alunos beberem, o recurso também é necessário para a limpeza dos prédios, abastecimento nos banheiros, preparo das merendas nas cozinhas e assim por diante. E a qualidade da água também é um ponto-chave: muitas vezes, mesmo com a mobilização dos funcionários e professores para buscar água em outras comunidades, o aprendizado dos estudantes era prejudicado, porque ela vinha contaminada e causava doenças como vômitos e diarreias”, explica Telma Rocha, responsável regional do programa de acesso a água da Fundação Avina, organização parceira da iniciativa. “Por isso, os projetos apoiados por AMA são tão especiais: trabalham em diversas frentes para eliminar os diferentes problemas que a falta de água potável pode causar.”

Além de Severino, a própria diretora da escola se desdobrava para oferecer um ambiente adequado ao aprendizado dos alunos. Maria Albertina de Andrade Silva usava parte de seu salário, cerca de R$ 200 a R$ 300 todo mês, para comprar água mineral do próprio bolso. Isso para evitar, justamente, que os estudantes ingerissem água contaminada. E, quando acontecia de alguém adoecer, Maria Albertina usava seu salário para comprar os remédios necessários.

“A escola João Avelino da Silva fica na região semiárida da Paraíba, que possui naturalmente um índice de chuvas baixo e irregular. Por isso mesmo, a população local sabe tirar o melhor proveito da água e entende a importância de uma boa gestão desse recurso”, explica Roberto Saraiva, coordenador do SPM-NE, parceiro local que auxilia na implementação dos projetos. “Uma parte do nosso trabalho incluí a iniciativa Águas do Saber, que constrói coletivamente noções de gestão de água e corresponsabilidade, com professores e funcionários das escolas. Todos os envolvidos têm a compreensão de que se trata de um projeto muito importante. Para eles, a água representa também uma garantia de alimento, saúde e desenvolvimento escolar, entre muitos outros benefícios.”

“A mobilização de professores, funcionários e diretores de escolas, para que os alunos consigam assistir às aulas, nos inspira a tentar atingir o máximo de comunidades possível. São milhões de pessoas que vivem, atualmente, sem acesso à água potável no Brasil. Só vamos parar quando não houver mais ninguém. Este é o objetivo de AMA: que o produto deixe de ser necessário, para não existirem mais brasileiros sem água”, conclui Lee.

AMA já lucrou mais de R$ 3,5 milhões, integralmente revertidos para projetos de acesso à água potável. São mais de 29 mil pessoas beneficiadas, por 31 projetos em todos os estados do semiárido brasileiro. Até o final do ano, a marca espera chegar a 50 projetos, que beneficiariam mais de 43 mil pessoas.

 

Fonte: Agora Vale.