As expectativas em energia renovável para 2020 é tema de debate na Capital

Nesta quarta-feira (29/01) o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Artur Lemos Júnior, e a presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Marjorie Kauffmann, participaram de um bate-papo realizado pelo Sindicato das Empresas de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica). O objetivo do evento foi debater os projetos para 2020 no desenvolvimento da matriz energética por meio de fontes renováveis.

Com o tema Cenários Renováveis: previsões para as eólicas em 2020, a atividade reuniu autoridades, associados e representantes de entidades como a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) e Associação Gaúcha de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas (AGPCH).

O trabalho realizado de forma conjunta entre a Fepam e a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), a aprovação da modernização do Código Ambiental e o atual momento do Estado, foram iniciativas citadas pelo presidente do Sindieólica, Guilherme Sari, como de extrema relevância. Para ele, esse cenário é favorável para empreendedores que enxergam a geração de energia renovável como opção de investimento com menor impacto ambiental.

O Rio Grande do Sul está entre os estados líderes em produção de energia eólica, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Durante a sua fala, Artur reforçou que somente no ano passado, 92% da energia consumida no RS vieram de fontes renováveis. Desse total, a eólica representa 17%.

“Estamos trabalhando em uma série de ações para dar um grande salto. Queremos atuar próximo dos investidores para trazer desenvolvimento e projetos em geração de energia limpa. Por isso, mudar a forma e a sistemática de atuação é importante”, ressalta Artur.

Como órgão responsável pelo licenciamento de novos empreendimentos no RS, a Fepam trabalha para reduzir o tempo de espera para a emissão das licenças, criando fluxos mais objetivos, sem perder a atenção no que a legislação aponta como fundamental.

A presidente da Fundação explica que o novo Código Ambiental abriu caminhos, possibilitando inovação. “É fundamental que as ações aconteçam de forma conjunta entre empreendedor, Sema e Fepam. Nosso trabalho tem sido também de revisitar os procedimentos de licenciamento, criando um regramento mais uniforme e objetivo”, afirma.

Além das melhorias previstas no setor de produção e geração de energia, ainda para 2020 a Sema trabalha em um plano de Políticas Públicas de Mudanças Climáticas, o qual estabelecerá como o Rio Grande do Sul pretende atingir seus objetivos nessa área.

Texto: Bárbara Corrêa
Edição: Vanessa Trindade